Se não fossem atores, Bruno Gissoni, José Loreto e Daniel Rocha poderiam ser integrantes da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres. Antes de brilharem em "Avenida Brasil", nos papéis de Iran, Darkson e Roni, respectivamente, eles foram atletas profissionais e tomaram a difícil decisão de abandonar o esporte para se dedicar à arte.
— Meu objetivo era entrar para a seleção olímpica. Eu treinava de segunda a domingo, três vezes ao dia — conta José Loreto.
Faixa preta no judô, o Darkson da trama começou a treinar aos 5 anos e participou de torneios universitários e intermunicipais.
— O esporte é ingrato. Uma hora você tem que decidir entre ser profissional e levar como hobbie — diz o ator, que tomou essa decisão em 2005, ao entrar para "Malhação".
Certo de que não vai seguir carreira como atleta, o ator não deixa de acompanhar os Jogos Olímpicos:
— Gravo tudo e assisto quando posso. Torço muito pelo vôlei masculino.
A paixão pela luta também começou cedo para Daniel Rocha.
— Eu tinha uns 10 anos, era mirradinho, o menor da turma. Decidi fazer jiu-jítsu para me proteger na escola — lembra.
Daniel lutou jiu-jítsu até os 15 anos, quando migrou para o kickboxing. Aos 16, ele foi campeão brasileiro; aos 17, sul-americano; e, aos 18, entrou para a seleção brasileira.
— Tenho saudade dos treinos, mas não das competições. Não me arrependo da escolha — diz o intérprete de Roni, que também mata a saudade acompanhando os resultados de Londres: — Torço muito pelo Brasil e vou torcer ainda mais nos próximos Jogos, quando o kickboxing for aprovado como modalidade.
Bruno Gissoni, que vive o jogador Iran, tirou o personagem de letra, já que foi profissional do futebol por dois anos.
— Esse papel foi um presente. Convivi muito nos campos quando atuava no (clube carioca) Castelo Branco — conta Gissoni, que jogou até nos Estados Unidos.
Abandonar os campos não foi fácil:
— Foi bem complicado. Mergulhei de cabeça na atuação para amenizar a perda.
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